Quantas vezes tenho me questionado sobre o porquê de tantas
pessoas freqüentarem várias religiões e igrejas evangélicas,
serem tão sinceras, tão fiéis, tão fervorosas
e, no entanto, continuarem com uma vida de quem parece que crê no
diabo. São lares divididos, filhos desafeiçoados e rebeldes,
falta de respeito em casa, doenças constantes, perturbações,
insônia, medo, vícios e tudo o mais que as leva a pensar que
vivem num verdadeiro inferno.
As palavras do Senhor Jesus nos esclarecem a resposta para essa
dúvida, quando Ele
proferiu a seguinte parábola: Dois homens subiram ao templo
com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu,
posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus,
graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas
vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano,
estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos
ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício
a mim, pecador! (Lucas 18.10-13).
Disse o Senhor que o publicano voltou para sua casa com a resposta
de Deus enquanto o fariseu não foi atendido. Qual a diferença?
Por que o fariseu, que era um religioso nato, cumpridor dos seus deveres
para com a Casa de Deus, não foi atendido, enquanto que o publicano,
que de fato era um pecador em potencial e não era religioso, foi
justificado por Deus? A diferença está no coração
de cada um deles. É justamente o que tem acontecido hoje em dia.
As pessoas são religiosas pela força das circunstâncias,
do intelecto, pois o medo de irem para o inferno as empurra para a religiosidade.
Entretanto, o que adianta a pessoa ser cumpridora dos seus deveres religiosos
e o coração permanecer afastado de Deus? Pode, por acaso,
a religião evitar-lhes a morte eterna? Se pudesse, então
nosso Senhor Jesus Cristo não precisaria ter vindo a este mundo!
O fariseu representa o religioso que tem confiado o seu coração
à sua prática religiosa, e não ao Deus vivo. É
aquela pessoa que pratica uma religião fielmente, mas o seu coração
está afastado de Deus e agarrado às pessoas e coisas deste
mundo. Já o publicano representa aquele que se humilha diante do
altar, reconhecendo que é um pecador.
Aí está a diferença entre religiosos e cristãos!
O religioso pensa que a sua religiosidade garante-lhe o céu, quando,
na realidade, não lhe garante nem um pouco de paz aqui na
Terra, quanto mais depois da morte.
O verdadeiro cristão é justificado por Deus aqui
mesmo na Terra, pois o seu coração está posto apenas
em Deus, como foi o publicano pecador. E aqui mesmo na Terra ele sente
a paz do seu Senhor na sua vida, tanto em casa quanto na rua. Ele torna-se
uma testemunha viva do Senhor Jesus por onde quer que vá, e até
as pessoas que convivem com ele podem sentir o bem-estar da presença
de Deus através dele. E o mais importante: ninguém pode lhe
roubar essa graça, porque ela vem diretamente do céu para
sua vida.
Finalmente, o cristão é aquele que pratica a fé
na Palavra do Senhor Jesus. E, para ele, as promessas de Deus têm
de acontecer, custe o que custar, aconteça o que acontecer. Para
ele não há crise, pois está escrito: Cairão
mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás
atingido. (Salmos 91.7). Deus o abençoe ricamente!